Era o ano de 1988 e nosso filho Gilberto Carneiro de Melo Júnior, tinha na época apenas três anos de idade. Já havia mais ou menos um ano e meio que ele inflamava as amígdalas e com isso passava muito mal. Em janeiro deste ano, o levamos em uma de suas crises ao hospital aqui em Perdizes e o médico que o atendeu encaminhou-o para um otorrinolaringologista que marcou a retirada das amígdalas e da adenóide para após o carnaval. Deixamos os papéis arrumados, porém na data prevista, não tivemos coragem de levá-lo por acharmos que ele estava muito pequeno para se submeter a uma cirurgia. Durante todo o ano ele teve várias crises com inflamações muito fortes e com muita febre. Decidimos então procurar outro otorrino para ter outra opinião. E o médico que procuramos também indicou cirurgia, e marcamos então para o final do mês de outubro. No dia da cirurgia, ele foi internado às seis horas da manhã porque a operação teria início bem cedo, como realmente aconteceu. Às nove horas ele voltou da sala para o quarto e cinco minutos após, começou a ter uma forte crise de falta de ar. Chamamos uma enfermeira, ela chamou o médico anestesista que imediatamente o arrebatou da cama levando-o dali, e eram quase treze horas e ninguém nos dava notícias de seu estado de saúde, e nem de onde ele se encontrava. Já por volta de quinze horas nos disseram que ele tinha tido uma pequena complicação, e que podíamos entrar para vê-lo. Neste momento encontramos nosso filho entubado e com muita dificuldade para respirar, tanto que não nos deixaram ficar muito tempo com ele. Durante toda a noite pedi insistentemente a Deus por intercessão de Nossa Senhora, que não tirasse nosso filho tão pequenino de nós, porém, de madrugada seu sofrimento era tamanho que o entregamos nas mãos de Maria. Por volta das cinco horas da manhã nos chamaram para autorizar uma traqueostomia, e neste momento, exigimos a presença de seu pediatra que não atendia no hospital em que ele fora operado. Com a chegada do pediatra e do médico que ia fazer a traqueostomia, descobriram por radiografias que ele estava com uma pneumonia por aspiração e já partiram para outros métodos de tratamento para combater a pneumonia, embora dissessem que o caso era muito grave . Muito aflita, fui sedada e quando retornei de um sono pesado, já próximo das quinze horas resolvi ir a igreja, e enquanto rezava a Nossa Senhora , caiu uma chuvinha muito serena, e após esta chuva, quando tiraram mais uma radiografia do seu pulmão, ele milagrosamente já não estava tão tomado,pois ele vomitou um líquido esverdeado, que não foi encontrado para nos ser mostrado. Deste momento em diante, sua recuperação foi cada vez maior, embora ainda tenha ficado internado quase uma semana, porém ele não teve nenhuma seqüela relacionada as enormes faltas de ar pelas quais passou. Até hoje acreditamos que sua vida e sua recuperação foi um milagre. Meu filho é muito devoto de Nossa Senhora da Cabeça, e todos nós da família não deixamos de louvar e agradecer a Deus pela sua vida, e por esta graça tão grande que nos concedida pelas Mãos de Nossa Senhora. Deixamos aqui registrado nosso testemunho e nossa gratidão a Nossa Senhora da Cabeça, por esta e por tantas graças alcançadas. Gilberto Carneiro de Melo, Ana Maria Martins de Melo, Gilberto Carneiro de Melo Júnior e família. Perdizes, 30 de novembro de 2012. |